sensibilidade de amar.




Hoje mandei mensagem pra uma amiga, 

falando sobre amor,

E me emocionei...

Fechei a tela do celular e fiquei tão feliz de entender 

a dimensão diária da maturidade que tenho criado comigo mesma!

Entender que não preciso me prender ou prender alguém,

pra amar, não preciso de fato, namorar, casar, viver anos ao lado de uma pessoa,

pra proclamar esse amor por ela!

Acho que quero explicar isso desde o começo. tá confuso né????

amor é definido de várias formas, ações, desconstruções, deixar ir certas ilusões.

amor começou ao acordar, poder respirar, ter um lar pra acordar e um chameguinho da Dandara mostrando seu companheirismo e os olhinhos brilhantes demais.

Foi levantar da cama, olhar no espelho, reconhecer uma beleza divina dentro do meu eu, sorrir pra uma dia ensolarado que estava só começando.

poder me servir um café sem açúcar bem quentinho, tomar com a porta aberta reparando o sol azul num silêncio absoluto e com sentimento de paz de poder estar consigo mesma.

ajeitar a casa do seu jeito, seu lar, mesmo que desarrumado, cheio de afeto porque é seu e você sabe do valor de cada coisa que conquistou.

e depois de tudo pronto, borrifar spray de laranja doce, e lembrar da dose de amor que você ganhou de quem te enviou e saber e lembrar que não está só.

amor é chegar na casa dos seus pais e se deparar com o sorriso mais sincero, e mais olhinhos brilhantes de quem estava com tanta saudade, cheio de abraços e apertos, que mesmo com jeitos difíceis de lidar, e diferenças, eles me amam e só querem me ver feliz.

amar é sair pra dançar com sua amiga num sábado super cansativo, que você poderia ficar em casa, mas decidiu se abrir pro novo, e chegar lá, o coração de fato encontrar um ambiente pra você como parte de auto conhecimento.

amar é você literalmente colocar a roupa que você se sinta mais linda e simplesmente andar pelos lugares confortável consigo mesma e sem medo de exalar sua confiança.

amar é voltar pra sua casa, além de marmitas, frutas e um vinho escondido, abri-lo e colocar sua música pra tocar enquanto a meia luz da casa se torna um chamego, as pernas se cruzam apreciando um sossego.

amar é receber visitas e conversas profundas de pessoas especiais, que você tem conexão, afeto e sorte de tê-las encontrado, que faz questão de dividir seu vinho, e cozinhar enquanto as escuta desabafar sobre seus segredos mais profundos e aconselha sem medo de parecer negativa ou que quer essa pessoa só pra você,

amar é deixar essas pessoas irem encontrar outras e se sentir feliz por esses encontros, pelas suas vitórias pessoais como se fossem de fato suas.

amar é presentear e escolher esse presente com tanto carinho que enche o coração de afeto de saber que essa pessoa sempre vai lembrar de você.

amar também é perdoar, porém encerrar ciclos com quem não faz sentido com o encontro valoroso de transformações de vida.

e por mais romantizado até aqui,

é perceber que o fundo do poço, também é sinônimo de amor, 

o erro é onde se alcança uma forma de reflexão, para que também se equilibre a cobrança da perfeição, me entende?

errar nos prova que estamos vivos até aqui, que podemos ser melhores para nós mesmos, e buscar sempre nestes testes melhorar nossa forma de nos relacionar com nós mesmo e consequentemente, com os outros!

amor também é sofrer por não ter reciprocidade, ou até mesmo coragem por medo de tantos corações magoados que enfrentamos, que quando somos abençoados por uma sorte de amor tranquilo, com certeza há o desequilíbrio da desconfiança, da incerteza e insegurança.

afinal,  o dito amor é incerto, é muitas vezes obscuro e estremece, com todas as nossas estruturas mentais-psicológicas e físicas,

se adoece por amor, se cura por amor...

e o que mais se dizer? 

senão seguir amando, aprendendo e errando, sendo forte, sendo vulnerável, sendo fraco e por muitas vezes otário, afinal, senão esse balaio de sentimentos, uma vida morna ao relento, de talvez por medo não ter desmistificado o mistério que é ser você e amado...


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