É, tem aquele dia...




Realmente tem aquele dia que você acorda mais sensível,
Aquele dia que o nó na garganta se instala de uma forma depravada,
Aquele dia que você só quer ser tocada, amada,
Chamar atenção?
Não, não, me instalei na solidão,
Tranquei meus olhos em folhas,
Daquele romance que até se encolha,
Vivi naqueles instantes uma certa ilusão,
Quando olho para o lado sinto é uma triste solidão,
Solidão, nem sei o que significa essa mera palavra,
Só que ela arde em chamas,
Não gosto de me sentir sozinha,
Será que tenho estado deprimida?
Não me movo, deixa ela entrar,
Sutilmente aquele nó me apanhar,

Fecho os olhos me imaginando estar naquele lugar,
Daquela menina que não sabia e aprendeu a amar,
Aquela pureza, e sutileza de viver romances de ouro,
Será que um dia participarei de tal modo duradouro?


Será um dia de solidão, um dia de lua nova que vem para acalentar?!
Não sei, só que que não quero deixar ninguém entrar,

Queria poder ter a liberdade de me deixar entrar,
Queria poder tal liberdade para poder viver amar,
Queria, queria, queria,



Mas sinto mal medo, medo daquele que me vem de devaneio,
Medo consumido pela insegurança,
Deus, por que ainda sou tão criança?

Queria poder voltar para meu jardim de maravilhas,
Na floresta, com lírios, orquídeas e rosas amarelas,

Sonhei, acordei, sonhei e acordei,
Saio dos livros e vou buscar viver aquilo que li,
Será que conseguirei,
Ou voltarei aqui?!

- Desabafos cotidianos de um dia cinzento e frustrado.

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